Nessa quarta, ficamos no quase novamente. Tudo bem, no entanto, já que vencer o Bayern por 2x0, em Munique, não é qualquer coisa. Até o último minuto mantivemos a chama da esperança acesa e isso, dadas as circunstâncias, já foi uma grande conquista. Acabamos perdendo no critério dos gols fora de casa, após o empate de 3x3 no placar agregado.
Temos que nos conscientizar que, no momento, o Arsenal já não aparenta mais ser um time de 'Big Four'. É triste, mas é verdade. Manter o Bayern, possivelmente o melhor clube europeu no momento, em perigo de ser eliminado, até o último minuto, foi, portanto, algo, de fato, inesperado e inspirador.
Giroud abriu o placar com apenas 3 minutos, fazendo parecer que a classificação era bem possível, sim! Só que o Bayern conseguiu esfriar o jogo e manter o controle durante praticamente todos os outros 84 minutos, até que no 85º Koscielny marcou, de cabeça - primeira vez que a defesa do Bayern, com van Buyten e Dante, tomou 2 gols em uma só partida. Infelizmente, porém, não havia tempo o suficiente para marcar impressionantes 3 gols na melhor defesa europeia.
Em relação às performances individuais, não dá para não comentar a partidassa que Fabiánski fez. Szczesny vinha num mal momento e Wenger, surpreendentemente, o substituiu pelo seu compatriota polonês, recém recuperado de lesão. Com 27 anos, agora, Le Boss declarou que Fabiánski amadureceu muito nesse ano inteiro que ficou ausente por lesão. É nessa idade, inclusive, que os goleiros geralmente chegam ao auge, sendo assim, talvez, o jogo contra o Bayern uma demonstração de que ele chegou para lutar por uma vaga no time titular. Seu problema nunca foi falta de qualidade, sim falta de regularidade. A maturidade pode, certamente, pôr esses problemas no seu passado. Tomara!
Já Gibbs, voltou bem de sua lesão. Jenkinson também foi bem, não comprometeu e mostrou que Sagna, jogando o que vinha jogando recentemente, talvez não faça tanta falta assim. Koscielny foi muito bem, apesar de ter tido uma temporada bem abaixo do nível esperado até aqui. Mertesacker e Arteta atuaram dentro do normal. Ramsey novamente não mostrou a que veio, não parece saber qual é a sua função exata em campo (o que pode ser culpa do treinador também). Walcott rendeu abaixo do que se esperava, mas fez a assistência para o gol de Giroud que, por sua vez, não fez muito mais do que a sua obrigação, pelo menos um gol quando mais se precisa de um atacante. Rosicky lutou bastante, como de costume, mas não estava num dia inspirado tecnicamente - ainda assim, quase deu uma assistência para Walcott, naquele lance em que foi marcado impedimento incorretamente. Cazorla também não apareceu muito no jogo, mas mostrou disposição.
Entre os substitutos, não dá nem para falar muito sobre Chamberlain, que pouco fez, até porque não teve muito tempo para isso. Já Gervinho, pelo incrível que pareça, quase marcou um gol! Foi uma jogada bem interessante, na qual ele girou na marcação e chutou meio desajeitado (como de costume), mas a bola foi bem no canto (até demais). Alguém conseguiria imaginar Gervinho fazendo o gol da classificação??
Independentemente do jogo, é necessário refletir sobre como a imprensa sempre trabalha contra a imagem de Arsène Wenger. No dia do jogo, sairam várias notícias de que o francês entraria com o time reserva, como noticiamos aqui. Ao sair a escalação oficial, ficou claro que isso era nada mais do que uma tentativa de piorar a relação, já abalada, dele com o torcedor. Mais do que nunca, temos que filtrar bastante o que escutamos da imprensa, em relação ao Arsenal, porque a eliminação na Champions League e o iminente fracasso na tentativa de terminar, pelo menos, em 4º lugar na Premier League, são um prato cheio para tudo quanto é tipo de rumores falsos e nocivos ao clube.
No final das contas, pode-se levar algumas coisas de bom dessa Champions League: a certeza de que nada é impossível e de que PRECISAMOS de uma REFORMA no sistema defensivo e na maneira como encaramos os jogos, psicologicamente falando.
Amanhã teremos um difícil jogo contra o Swansea. No momento, não há nada mais a fazer além de "Keep the Faith!"
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