Review: Temporada 2011/12 - Um ano de altos e baixos...

O título acima resume bem o que foi o ano do Arsenal. Ano que começou de forma trágica com a venda dos nossos principais jogadores, Fábregas, Nasri e Clichy. Para piorar a situação, fomos humilhados em Old Trafford, sendo goleados por impiedosos 8-2, placar que marcou a história do clássico contra o Red Devils. Vendo que a situação estava se complicando cada vez mais, Arsène Wenger decidiu de forma desesperada contratar cinco jogadores em incríveis 48 horas. Contratações que não agradaram nem um pouco o torcedor, temendo pelo pior no resto da temporada. 

Apesar de não preencherem os buracos deixados por Cesc, Nasri e Clichy, os novos contratados, Arteta, Mertesacker, André Santos e Benayoun, pelo menos faziam com que o Arsenal passasse a entrar em campo com um time completo, visto que em Old Trafford, o Arsenal era um time remendado, com improvisações, além de muita inexperiência. Com a sequência de jogos, o time foi aos poucos se acertando até que chegamos ao primeiro grande triunfo da temporada!

Chegamos ao jogo contra o Chelsea com quatro vitórias nos últimos cinco jogos, o que representava uma grande melhora na temporada. Mesmo assim, devido a irregularidade do começo, os bilionários "russos" eram os favoritos para a partida. Mas futebol tem dessas coisas e com uma raça incrível, além de um Robin van Persie inspirado, vencemos o Chelsea por 5-3 em pleno Stamford Bridge. A vitória nos deu confiança e foi de fundamental importância para o complemento da temporada. 

Sem muitas opções na janela de janeiro, Wenger decide trazer de volta o maior ídolo da história do clube: Thierry Henry. A contratação gerou muita desconfiança da torcida, que sabia que o King Henry já não era mais o mesmo. Mas quem é Rei nunca perde a majestade, e logo na sua reestreia, marcou o gol da vitória contra o Leeds pela FA Cup, levando o Emirates Stadium ao delírio. E ele não parou por aí. Provou que apesar da idade avançada, ainda é melhor do que o "esquenta banco" Chamakh e fez um gol importantíssimo, que nos deu a vitória contra o Sunderland. Ainda tinha a Champions League, em que o Arsenal encontrou certa facilidade na primeira fase, graças a terrível campanha do Borussia Dortmund. Mas nem tudo são flores e o sorteio das oitavas de final nos colocou no caminho do Milan. Era a última partida de Henry com o manto sagrado. E o time decepcionou... Acabou sendo goleado por 4-0, sem mostrar a mínima vontade. Mas ainda tinha a volta, e a torcida se mostrava confiante.

Enquanto isso, a Premier League rolava e a equipe se encontrava atrás dos rivais londrinos, com grandes chances de ficar fora da próxima Champions League.  Dez dias antes da partida de volta contra o Milan, os Gunners partiam para o jogo mais importante do ano, o NLD! Os Spurs se mostravam mais consistentes, com o time muito técnico, comandado por Harry Redknapp e chegaram a Ashburton Grove pela primeira vez em anos, como favoritos. O Tottenham abriu 2-0 e parecia que sairia com uma goleada histórica. Mas esqueceram que estavam enfrentando o Arsenal, de RvP, que vivia uma fase monstruosa. E foi dele que começou a reação. Fizemos o que parecia ser impossível e viramos para 5-2, mostrando que em Londres só há um time e ele é vermelho! Apesar do triunfo memorável, ainda estávamos atrás dos Spurs. Mas a partir desse jogo a situação se inverteu. O Arsenal se tornaria um time com vontade de vencer. Já o Tottenham não seria mais o mesmo. 

Com o mesmo espírito de luta e raça, os Gunners venceram os italianos por 3-0, mas infelizmente não evitaram a eliminação precoce. Fora da competição mais importante da Europa, o Arsenal agora voltava todas as atenções para a Premier League. O time de Arsène Wenger consiguiu bons resultados, e contou com os tropeços de seus concorrentes diretos, Tottenham, New Castle e Chelsea. 

Chegava então o último grande compromisso da equipe na temporada. O poderoso e líder até então Manchester City. E mais uma vez, apesar de jogarmos em casa, não éramos os favoritos. O jogo foi muito complicado e com um clima pesado nas arquibancadas, devido a presença de Na$ri e Clichy, que saíram no início do ano principalmente por causa de dinheiro. Pior para eles! Mais uma vez, o Arsenal mostrou que não é necessário ter bilhões em caixa para sair vitorioso. O que precisa realmente é ter a classe. E essa é uma das poucas coisas do futebol que não podem ser compradas. Vencemos com um belo chute de Arteta no fim que nos colocou na terceira colocação, na frente dos Spurs. 

Agora o Arsenal dependia apenas de suas próprias forças para garantir a vaga na Champions. Mas parece que os comandados de Wenger gostam de viver perigosamente. Depois do grande resultado contra o City, foram simplesmente quatro jogos sem vitória, sendo três deles em casa. Dessa forma, chegamos a última rodada precisando vencer o West Brom de qualquer maneira. Começamos muito bem, abrindo o placar com Benayoun, mas sofremos um apagão e vimos os donos da casa virarem o placar. Mas era um jogo de vida ou morte e os jogadores tinham consciência disso. Com gols de André Santos e Koscileny, o Arsenal virou para 3-2 e garantiu a vaga na Champions League. Vaga mais do que merecida, por tudo que passamos nessa temporada. Lembrando ainda que o jogo marcou a despedida da Pat Rice, que dedicou 44 anos de sua vida ao Arsenal.

Uma temporada que começou com muitos erros, principalmente do nosso Boss, terminou de forma inesperada. Mesmo assim, o Arsenal não mostrou ambição alguma até agora na Era Grove e já são oito anos sem títulos. Arsène e toda a diretoria têm de entender que o Arsenal é um time grande e que não pode de maneira alguma ficar sem ganhar troféus. A torcida já espera há muito tempo um time competitivo, que volte a figurar entre os maiores da Europa. Apesar disso, não espero muitas mudanças para a próxima temporada, pois a situação política do clube está muito complicada, onde Peter Hill-Wood e seus amigos querem apenas lucrar com o maior clube de Londres. 

Claro que esse não foi um review detalhado. Apenas abordamos sobre os principais momentos do Arsenal na temporada. Em breve, postaremos um review da atuação dos jogadores, além é claro, de Arsène Wenger. Vamos torcer para que a temporada 2012-13 nos traga mais alegria. Vamos manter a fé e torcer principalmente para que o nosso capitão permaneça nos Gunners!

Keep The Faith! Go Gunners!!!