
Para quem esperava um jogo apertado e difícil contra o, até então, candidato ao título Manchester City, se enganou. O Arsenal não deu chance aos Citizens e saiu vitorioso para ficar 2 pontos a frente do Tottenham, que já havia empatado por 0x0 com o Sunderland no sábado.
Os primeiros minutos da partida foram intensos. Com a torcida inflamada no Emirates, os gunners impuseram um ritmo muito forte e tiveram chances de abrir o placar. No entanto, o gol não saiu e a pressão diminuiu, mas, mesmo assim, o City não teve chance de reação. Já no segundo tempo, o jogo foi mais morno até os 73’, quando o Arsenal resolveu se lançar ao ataque definitivamente. André Santos já havia entrado no lugar de Gibbs, na lateral esquerda, para apoiar melhor o ataque quando Benayoun, que, por mais que se esforçasse, não vinha produzindo muito, deu lugar a Ramsey.
Com isso, o time se manteve na frente, mesmo não conseguindo criar muitas chances de gol. Foi após a entrada de Chamberlain no lugar de Walcott – apagado – e 4 bolas na trave que o Arsenal, finalmente, conseguiu marcar. Depois de um vacilo de Pizarro, Arteta pegou a bola e teve todo o tempo para ajeitar e preparar o chute – e que chute! Aos 87’ o espanhol abriu o placar, num arremate sem chance de defesa para o goleiro Hart. E, como não poderia faltar, Balotelli ainda foi expulso. Foram precisas 3 entradas, no mínimo desnecessárias, para que o italiano recebesse 2 amarelos e fosse para o chuveiro mais cedo; primeiro uma voadora no joelho de Song – que diga-se de passagem já seria merecedora de um vermelho direto, caso Song fosse jogador do Manchester United que mais cedo já havia batido o QPR com todo tipo de irregularidade imaginável a seu favor – e mais dois carrinhos em Sagna.
A frase “You can’t buy class” foi perfeitamente ilustrada nesse jogo. O Manchester City, com seus bilionários donos, contratou quantos jogadores quis para montar seu elenco 5 estrelas que pode ter o luxo de contar com Tévez, Dzeko, Adam Johnson, entre outros no banco de reservas. Ainda que seu elenco seja tão recheado de craques, a classe, como citada na frase, não é algo que se compra. O Arsenal tem um dos melhores trabalhos de base do mundo, de modo que a maioria de seus jogadores é formada pelo próprio clube e já sobe para o time principal com os conceitos técnicos consolidados. O clube todo gira em torno desse modo de jogar, tal que os jogadores que chegam de fora tem que se moldar ao “Arsenal way”. Não é a toa que o Arsenal não precisa gastar milhões de libras para conseguir se colocar entre os grandes da Inglaterra. Isso fica claro na atual situação do clube; apesar de todos os problemas que o time enfrentou em seu início, devido a jogadores importantíssimos deixando o clube de última hora, são apenas 9 pontos que separam o todo poderoso Man City do “enfraquecido” Arsenal. Enquanto os Citizens não aguentaram a pressão da briga pelo título contra seus arqui-rivais até o fim, os Gunners começaram muito mal e foram evoluindo e se unindo até chegar à 3ª colocação, com a torcida infernizando os adversários no Emirates e o time dia-após-dia melhorando.
São, agora, 8 vitória nos últimos 9 jogos e alguns jogadores como Rosicky, Song, Gibbs e Walcott demonstrando um progresso notável. O tcheco tem sido excelente em matéria de esforço, interceptações e recuperação de bola, enquanto que Song evoluiu bastante no controle de bola, proteção com o corpo e lançamento final. Já Gibbs, mostra-se muito mais confiante e mais seguro na defesa, com Walcott melhor no posicionamento e nas finalizações.
Para concluir, o senso de humor impagável de Wenger. Quando perguntado sobre essa vitória ter sido uma revanche ao fato do City ter contratado vários jogadores do Arsenal (Kolo Touré, Nasri, Clichy e, anteriormente, Adebayor), ele respondeu “Talvez eles queiram contratar mais outros”. Sensacional.
Grande post...literalmente. Durante todo o jogo achei plausível a vitória do arsenal, afinal, várias foram as chances de gol. Ainda bem que um gol se concretizou, para nooooossssa....
ResponderExcluirALEGRIA!!!!!!!!
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