Todos sabem que o Bayern é um dos melhores times europeus na atualidade e que passar por eles seria uma tarefa árdua. No entanto, dentro de todos nós provavelmente havia uma ponta de esperança, afinal o futebol é 'uma caixinha de surpresas', não é mesmo? Porém, infelizmente, o que já se esperava aconteceu. Contra um Arsenal fragilizado, o Bayern dominou e foi soberano.
Surpreendentemente, porém, pudemos perceber que o resultado poderia ter sido outro, uma vez que assim que Wenger fez as primeiras alterações, o jogo mudou. O Arsenal entrou em campo com:
Szczesny
Sagna Mertesacker Koscielny Vermaelen
Arteta Ramsey (Rosicky)
Wilshere
Cazorla Walcott Podolski (Giroud)
Analisemos, então. Na ausência de Gibbs e na impossibilidade de escalar Monreal (que já jogou a competição pelo Málaga), Vermaelen foi o escolhido para a lateral esquerda. Teoricamente, sua escalação aumentaria a capacidade defensiva do time. O que se viu, no entanto, foi uma avenida de espaço por aquele lado, com Müller e Lahm deitando e rolando por alí. Outro ponto ruim da escalação foi Walcott como centroavante. Sua centralização fez com que perdêssemos uma de nossas maiores armas: sua velocidade. Assim, Cazorla na ponta direita também não acrescentou muito e perdemos a saída de bola de qualidade de Wilshere, que estava mais avançado.
Giroud não começou lá muito bem sua carreira no Arsenal, mas vive, agora, indiscutivelmente, seu melhor momento no clube. Mesmo que não seja com gols, ele abre espaço fazendo o pivô. Caso o jogo fosse fora de casa, seria, talvez, entendível a sua ausência para dar velocidade (nem isso aconteceu hoje...). Mas sendo esse jogo em casa, quando o Arsenal tem que atacar mais, foi incompreensível a sua ausência.
Rosicky e Giroud inevitavelmente mudaram o jogo quando entraram. O tcheco adiciona uma dinâmica ao jogo que o Arsenal DESESPERADAMENTE necessita! Não a toa, sua volta de lesão na temporada passada alavancou a recuperação do clube para garantir uma vaga DIRETA na Champions. Depois de ter se destacado contra o Blackburn (e ainda assim ter sido substituído...), eu, de maneira idiota, cultivava uma esperança de que ele tivesse uma chance - claro que não teria... Giroud, quando entrou, no seu primeiro toque na bola, meteu um voleio quentíssimo em cima de Neuer. Mesmo que a conclusão não tenha sido perfeita, isso já mostra que diferença faz a presença de um atacante (de verdade)!
No final das contas, não fosse o terceiro gol ridículo que tomamos, não seria nenhuma maluquisse acreditar que poderíamos até mesmo ter empatado. O problema é que sempre começamos muito mal e hoje, mais do que nunca, entramos da maneira errada. Tento não me juntar ao grupo dos 'Wenger Out', porque, por tudo o que ele fez pelo clube, merece mais do que isso. No entanto, a situação vem ficando insustentável e cada vez mais eu acredito que está na hora dele, talvez, ocupar um cargo mais de diretoria do que ligado ao dia-a-dia do jogo. Essa é que é a questão: o Arsenal é ruim, tem jogadores ruins, ou é mal administrado? Para mim, isso é claro. O elenco tem qualidade, sim! O problema é motivá-los e fazê-los entender quais são os seus papéis, coisa que Ferguson faz com maestria no United, compensando a usual falta de brilhantismo de seus jogadores. Carrick e Cleverley são melhores que Wilshere e Ramsey? Creio que não, só são melhor orientados.
Assim terminou a primeira partidas das oitavas, 1x3. É reversível? Sim, por que não? Ano passado tomamos 4x0 do Milan e depois fizemos 3x0... Agora a situação é mais favorável do que daquela vez. Mas, como todos sabemos, melhor não esperar muito desse time, pois já está provada a irregularidade e falta de capacidade de decidir do elenco (pelo menos sob a tutelagem do francês).
Agora é focar no jogo de sábado contra o Aston Villa, que tem que ser 3 pontos certos na tabela. Deixemos para pensar no Bayern daqui a duas semanas.
Keep the Faith!
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